O Mormo é uma zoonose que afeta mamíferos, inclusive humanos, e, geralmente acomete equídeos (cavalos, mulas, burros, asnos e zebras). É uma doença letal, causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são caracterizados por secreção e ferimentos nasais que evoluem rapidamente para inflamação, necrose (apodrecimento) e hemorragias na área do nariz. A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia. Na pele, em alguns casos é possível observar feridas, principalmente nos membros posteriores. Animais de boa saúde embora portadores da zoonose, podem não apresentar sinais, mas serem transmissores da doença. Nestes casos podem apresentar claudicações (manqueiras). O animal também pode apresentar fadiga, tosse, febre, apatia e emagrecimento. A doença é um perigo no Brasil e países em que apresentam situações de penúria, pois não tem cura e mata tanto animais como humanos, podendo levar a óbito em até 48 horas.

Fonte: Cartilha “Mormo” – Laboratório Paddock de Análises Clínicas Veterinárias;

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Organização Mundial da Saúde Animal aponta que 134 animais foram sacrificados por causa do Mormo no Brasil, casos confirmados ultrapassam 265 no primeiro semestre de 2015.

Fonte:http://www.equisearch.com/content/content/16946/shutterstock_1505216.jpg

Ao observar as planilhas do site da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) é possível notar que dos 265 casos de Mormo no Brasil, apenas 134 animais foram sacrificados e nove tiveram morte em decorrência da doença.


Ao observar as planilhas do site da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) é possível notar que dos 265 casos de Mormo no Brasil, apenas 134 animais foram sacrificados e nove tiveram morte em decorrência da doença.

Qualquer pessoa que acessar o a base de dados da OIE (http://www.oie.int/wahis_2/public/wahid.php/Diseaseinformation/statusdetail   ---- Veja instruções de acesso na coluna esquerda  blog Mormo no Brasil)  poderá perceber que ao analisar os casos de Mormo reportados pelo Brasil, no primeiro semestre de 2015 à organização, que a conta não fecha.

Divulgado pelo próprio Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (M.A.P.A.), oficialmente são 266 casos de mormo até agosto de 2015. Obrigatoriamente o Brasil deve notificar determinadas zoonoses a OIE, dentre elas, o Mormo (Glanders), segundo o Código Zoossanitário Internacional.

Analisada pelo blog Mormo no Brasil a base de dados, disponibilizada pela instancia que monitora zoonoses pelo mundo, foi possível contabilizar que cerca de 50% dos animais infectados com a bactéria Burkholderia mallei, causadora do Mormo, até o primeiro semestre deste ano não estavam declarados como “Deaths” ou “Destroyed”, apesar de serem portadores da doença.

Ao observar as planilhas da OIE é possível notar que do total de casos, apenas 134 animais foram sacrificados e nove tiveram morte em decorrência da zoonose Mormo.

O decreto de lei n° 255548 de 1934, prevê nos artigos 61 e 63 que todos os animais atacados pelo Mormo devem ser sacrificados por questões de defesa sanitária e saúde pública.  Ainda a instrução normativa n° 24 de 05/04/2004 prevê outras medidas para erradicação da zoonose, bem como normas e controle e transito de equídeos no território nacional.

Segundo definição do M.A.P.A., animais com Mormo (Glanders) são aqueles “reagentes no teste de Fixação de Complemento, com ou sem sintomas clínicos e com resultado positivo no teste complementar (maleína ou Western Blotting)”.

Para Santos , 2000 ele ressalta que:

“ a legislação em vigor na ocasião (Instrução Normativa nº 24, de 5 de abril de 2004 da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA), considera-se um equídeo positivo quando: 1) apresentar soro-reatividade ao teste de fixação de complemento e exibir sinais clínicos da doença, ou 2) não manifestar sinais clínicos, mas for soro-reagente ao teste de fixação de complemento e positivo na prova da maleína (exame complementar), uma vez que a doença pode se manifestar na forma crônica, principalmente, nos equinos, os quais podem se tornar portadores assintomáticos” (SANTOS, F.L.; MANSO FILHO, H.C.; MENDONÇA, C.L. Mormo. In: RIET CORREA, F.; SCHILD, A. L.; LEMOS, R. A. 
Doenças de ruminantes e equinos. Campo Grande: Editora da Universidade
Federal do Mato Grosso do Sul, p. 318-327, 2000. 


CONTRAPROVA - Segundo a Instrução Normativa n°12 de 29 de Janeiro de 2004, Item 11.2, cujo tópico aborda o tema da contraprova, caso o exame aponte o animal como “Reagente”, ou seja, portador da bactéria Burkholderia mallei, o proprietário ou médico veterinário responsável pelo animal infectado poderá solicitar no prazo máximo de oito (8) dias a contar da data de recebimento do primeiro resultado.

O laboratório responsável pelo exame de comprovação do Mormo deverá manter a amostra por um mínimo de 30 dias após emissão do resultado para eventual solicitação do M.A.P.A.

Segundo a cartilha “Mormo”, publicada pelo laboratório PADDOCK (Laboratório de análises clínicas veterinárias), locais que contenham animais positivos conclusivos é declarado foco e interditado, sendo submetido ao regime de saneamento. Os animais reagentes no teste de Fixação de Complemento, com ou sem sintomas clínicos e com resultado positivo no teste complementar (maleína ou Western Blotting) são sacrificados pelo serviço oficial. Sendo realizados os testes de averiguação da doença em todo o plantel, os mesmos exames deverão ser realizados novamente em um prazo de 45 a 60 dias após a primeira maleinização. Não havendo a comprovação de novos casos a interdição do local é suspensa.

O Mormo - O Mormo é uma zoonose que afeta mamíferos, inclusive humanos, e, geralmente acomete equídeos (cavalos, mulas, burros, asnos e zebras). É uma doença letal caracterizada por corrimento e ferimentos nasais que evoluem rapidamente para inflamação, necrose (apodrecimento) e hemorragias na área do nariz.A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia.
Na pele, em alguns casos é possível observar feridas, principalmente nos membros posteriores. Animais de boa saúde embora portadores da zoonose, podem não apresentar sinais, mas serem transmissores da doença. Nestes casos podem apresentar claudicações (manqueiras).
O animal também pode apresentar fadiga, tosse, febre, apatia e emagrecimento. A doença é um perigo no Brasil e países em que apresentam situações de penúria, pois não tem cura e mata tanto animais como humanos, podendo levar a óbito em até 48 horas. Fonte: Cartilha “Mormo” – Laboratório Paddock de Análises Clínicas Veterinárias;


domingo, 18 de outubro de 2015

Brasil registra 75 notificações de Mormo em equinos em 2015


Fonte: http://iepec.com/wp-content/uploads/2015/05/mormo-equino.jpg
   

Com base em documento publicado pelo site da World Organisation for Animal Health (OIE), apenas neste ano, até junho, o MAPA enviou 75 notificações de Mormo ao organismo internacional.


Por André Baptista de Vasconcelos

Pouco conhecida até 2012, o mormo é uma zoonose que tem esquentado a cabeça de veterinários brasileiros no trato a equinos. Em maio de 2012 a World Organisation for Animal Health (OIE), organismo internacional que monitora zoonoses no mundo recebeu o primeiro informe da zoonose “Glanders”, o conhecido Mormo (causado pela bactéria Burkholderia mallei ), do Departamento de Saúde Animal , Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Segundo o documento, o primeiro foco oficialmente notificado em 2012 teria sido em uma fazenda em Varzelandia/MG. Na ocasião três animais foram confirmados, dos quais um morreu e os dois foram sacrificados.

Desde a primeira notificação os casos só têm aumentado. Apenas neste ano, até junho, foram enviadas 75 notificações da doença a OIE.

Como consequência, uma vez notificada a doença em território brasileiro, o país é submetido a uma série de restrições na exportação de animais vivos ou carne. Um dos efeitos mais eminentes é que os jogos equestres das Olimpíadas de 2016 não possam ser ocorrido no Brasil devido às leis internacionais de biossegurança na Europa. Uma vez que animais pisassem em solo brasileiro não poderiam retornar a Europa. Diante do impasse, cogita-se a possibilidade que as modalidades equestres ocorram em Barcelona.  Entidades / Associações Equestres e MAPA estão empenhados em resolver o impasse junto a Federação Equestre Internacional (FEI), Conselho Olímpico Internacional (COI) e Autoridades Sanitárias Europeias até o ano que vem quando as Olimpíadas devem ocorrer no Rio de Janeiro.

A epidemia da doença, se pode ser tratada como tal, uma vez que é sabido por veterinários que nas regiões do Nordeste Brasileiro é endêmica(recorrente) , também afeta a vida doméstica no país prejudicando jogos e torneios nacionais como a lacração ou quarentena de estabelecimentos suspeitos ou de animais diagnosticados com o Mormo (Glanders).

Suspeita de mormo em humanos – Em Agosto deste ano, na cidade de Santana do Livramento/RS um jovem de 19 anos teve a suspeita de mormo descartada pela Vigilância Epidemiológica do município. No então mês, o Estado do Rio Grande do Sul analisava 11 suspeitas da doença em equinos, segundo o PORTAL DE NOTÍCIAS G1.

O mormo é letal em humanos. A doença é transmitida através de secreção nasal, ferimentos na pele ou por meio de superfícies mucosas como olhos ou nariz. A bactéria também pode ser inalada por meio de aerossóis infectados ou poeira em locais contaminados por animais infectados.

Os sintomas são parecidos com os da gripe: febre com calafrios e sudorese; dores musculares; dor no peito; rigidez muscular; dor de cabeça; corrimento nasal; sensibilidade à luz. Não há registros recentes do Mormo em humanos no Brasil.