Fonte: http://iepec.com/wp-content/uploads/2015/05/mormo-equino.jpg |
Com base em documento publicado pelo site da World Organisation for Animal Health (OIE), apenas neste ano, até junho, o MAPA enviou 75 notificações de Mormo ao organismo internacional.
Por André Baptista de Vasconcelos
Pouco conhecida até 2012, o mormo é uma zoonose que tem esquentado a cabeça de veterinários brasileiros no trato a equinos. Em maio de 2012 a World Organisation for Animal Health (OIE), organismo internacional que monitora zoonoses no mundo recebeu o primeiro informe da zoonose “Glanders”, o conhecido Mormo (causado pela bactéria Burkholderia mallei ), do Departamento de Saúde Animal , Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Segundo o documento, o primeiro foco oficialmente notificado em 2012 teria sido em uma fazenda em Varzelandia/MG. Na ocasião três animais foram confirmados, dos quais um morreu e os dois foram sacrificados.
Desde a primeira notificação os casos só têm aumentado. Apenas neste ano, até junho, foram enviadas 75 notificações da doença a OIE.
Como consequência, uma vez notificada a doença em território brasileiro, o país é submetido a uma série de restrições na exportação de animais vivos ou carne. Um dos efeitos mais eminentes é que os jogos equestres das Olimpíadas de 2016 não possam ser ocorrido no Brasil devido às leis internacionais de biossegurança na Europa. Uma vez que animais pisassem em solo brasileiro não poderiam retornar a Europa. Diante do impasse, cogita-se a possibilidade que as modalidades equestres ocorram em Barcelona. Entidades / Associações Equestres e MAPA estão empenhados em resolver o impasse junto a Federação Equestre Internacional (FEI), Conselho Olímpico Internacional (COI) e Autoridades Sanitárias Europeias até o ano que vem quando as Olimpíadas devem ocorrer no Rio de Janeiro.
A epidemia da doença, se pode ser tratada como tal, uma vez que é sabido por veterinários que nas regiões do Nordeste Brasileiro é endêmica(recorrente) , também afeta a vida doméstica no país prejudicando jogos e torneios nacionais como a lacração ou quarentena de estabelecimentos suspeitos ou de animais diagnosticados com o Mormo (Glanders).
Suspeita de mormo em humanos – Em Agosto deste ano, na cidade de Santana do Livramento/RS um jovem de 19 anos teve a suspeita de mormo descartada pela Vigilância Epidemiológica do município. No então mês, o Estado do Rio Grande do Sul analisava 11 suspeitas da doença em equinos, segundo o PORTAL DE NOTÍCIAS G1.
O mormo é letal em humanos. A doença é transmitida através de secreção nasal, ferimentos na pele ou por meio de superfícies mucosas como olhos ou nariz. A bactéria também pode ser inalada por meio de aerossóis infectados ou poeira em locais contaminados por animais infectados.
Os sintomas são parecidos com os da gripe: febre com calafrios e sudorese; dores musculares; dor no peito; rigidez muscular; dor de cabeça; corrimento nasal; sensibilidade à luz. Não há registros recentes do Mormo em humanos no Brasil.
Não sabia,como assim?
ResponderExcluirÉ mto mais grave do que a mídia transmite! Se isso se tornar de fato uma epidemia estamos perdidos..
ResponderExcluirOi André, parabéns pelo blog e pela pesquisa.
ResponderExcluirObrigado Sofia pela manifestação de apoio.
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