O Mormo é uma zoonose que afeta mamíferos, inclusive humanos, e, geralmente acomete equídeos (cavalos, mulas, burros, asnos e zebras). É uma doença letal, causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são caracterizados por secreção e ferimentos nasais que evoluem rapidamente para inflamação, necrose (apodrecimento) e hemorragias na área do nariz. A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia. Na pele, em alguns casos é possível observar feridas, principalmente nos membros posteriores. Animais de boa saúde embora portadores da zoonose, podem não apresentar sinais, mas serem transmissores da doença. Nestes casos podem apresentar claudicações (manqueiras). O animal também pode apresentar fadiga, tosse, febre, apatia e emagrecimento. A doença é um perigo no Brasil e países em que apresentam situações de penúria, pois não tem cura e mata tanto animais como humanos, podendo levar a óbito em até 48 horas.

Fonte: Cartilha “Mormo” – Laboratório Paddock de Análises Clínicas Veterinárias;

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Após decisão judicial sobre o Mormo, Conselho Regional de Medicina Veterinária - RS se pronuncia

Fonte: http://www.osul.com.br/wp-content/uploads/2015/10/portallorenzoni2-e...

Presidente da Conselho Regional de Medicina Veterinária, Rodrigo Lorenzoni, do RS classificou como “intolerância”, resistência as medidas zoosanitárias a cerca do Mormo. 


Por André Baptista de Vasconcelos

Depois das duas decisões judiciais, do juiz Sérgio Manduca Rosa Lopes, que suspenderam o sacrifício de 10 animais no município de Cruz Alta/RS, até a realização de novos exames Western Blotting ou PCR Total, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do RS se pronunciou sobre a medida processual.

A comunicação veio por meio do presidente da entidade Rodrigo Lorenzoni, na página do Facebook da CRMV-RS, nesta terça-feira (17).

Ressaltando a ligação emocional que a cultura gaúcha tem com o cavalo, não só como parceiro de trabalho, considerando-o amigo e companheiro, pediu compreensão dos criadores e produtores rurais sobre o trabalho dos veterinários.

Explicou que sacrificar animais comprovadamente portadores do Mormo não é uma escolha do profissional, mas uma determinação legal e protocolo da Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). O presidente do CRMV-RS frisou que até chegar à recomendação da eutanásia, são necessários pelo menos três diagnósticos positivos. - Ele ainda lembrou os casos dos animais que não apresentam sintomas, mas são portadores da doença, podendo ser diagnosticados só por meio de exame de sangue.

Dada a ligação dos proprietários com os animais, expôs as dificuldades que veterinários vem enfrentando na resistência para aplicar as medidas sanitárias necessárias, a qual classificou como “intolerância”, por parte de alguns setores da Equinocultura.

“Encaram o tema com paixão e buscam alternativas, inclusive judiciais, ao que dizem as normas de segurança sanitária. A ocorrência de mormo é um assunto técnico e somente desta forma deve ser tratado para garantir a saúde pública." Concluiu o presidente da entidade que representa a classe veterinária no Rio Grande do Sul. - Lorenzoni ainda divulgou que varias ações vem sendo realizadas pela entidade no intuito de esclarecer e capacitar profissionais para o diagnóstico do Mormo.

Novos casos – O site cruzaltaonline divulgou, ontem, mais sete casos do Mormo no município de Cruz Alta, diagnosticadas na semana passada. Um dos animais foi sacrificado na sexta-feira.  Devido a determinação judicial, os outros seis permanecem vivos.

Leia comunicado do CRMV-RS na íntegra.

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