O Mormo é uma zoonose que afeta mamíferos, inclusive humanos, e, geralmente acomete equídeos (cavalos, mulas, burros, asnos e zebras). É uma doença letal, causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são caracterizados por secreção e ferimentos nasais que evoluem rapidamente para inflamação, necrose (apodrecimento) e hemorragias na área do nariz. A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia. Na pele, em alguns casos é possível observar feridas, principalmente nos membros posteriores. Animais de boa saúde embora portadores da zoonose, podem não apresentar sinais, mas serem transmissores da doença. Nestes casos podem apresentar claudicações (manqueiras). O animal também pode apresentar fadiga, tosse, febre, apatia e emagrecimento. A doença é um perigo no Brasil e países em que apresentam situações de penúria, pois não tem cura e mata tanto animais como humanos, podendo levar a óbito em até 48 horas.

Fonte: Cartilha “Mormo” – Laboratório Paddock de Análises Clínicas Veterinárias;

segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Com 18 casos de Mormo no Rio Grande do Sul, juiz suspende sacrifícios de animais.

Créditos: Paulo Ochandio

Juiz determinou suspensão do sacrifício dos animais supostamente reagentes por parte da Inspetoria Veterinária do Estado até que sejam realizados novos exames Western Blotting ou PCR Total.


Por André Baptista de Vasconcelos

O Mormo tem tirado o sono de muita gente no Rio Grande do Sul. A zoonose que acomete cavalos e pode atingir também humanos se alastrou pelo Estado. Até a última quinta feira, dia 12, já eram confirmados 18 casos, contabilizando a primeira ocorrência da doença no município de Bagé/RS, segundo equipe de jornalismo do Canal Rural.

Mas não são apenas os proprietários de equídeos e veterinários que estão preocupados. A ocorrência da doença na Região Noroeste do Rio Grande do Sul tem movimentado até a vida de estudantes e pais. Conforme matéria veiculada pela RBS (afiliada da Globo) no município de Cruz Alta, a Secretaria de Educação determinou a transferência de todos os alunos de uma escola, que está localizada em frente a uma propriedade onde foram detectados dois animais com indícios da doença, para outra a cerca de dois quilômetros de distância.  A preocupação é que as crianças tenham contato com o animal. A zoonose pode ser transmitida para humanos por meio de secreções e aspirar o poeira de ambientes infectados. O mormo é letal.


Em Agosto deste ano, na cidade de Santana do Livramento/RS um jovem de 19 anos foi internado com suspeita de mormo, descartada pela Vigilância Epidemiológica do município,segundo a equipe de jornalismo do PORTAL DE NOTÍCIAS G1.

Notificação - O Ministério da Saúde já demonstra preocupação que o Mormo possa chegar aos humanos. Em setembro publicou uma nota no Portal da Saúde, direcionada aos profissionais, orientando a conduta para possíveis casos da doença - "Condutas para vigilância epidemiológica de casos suspeitos de mormo".

Fonte:http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/secretarias/svs/noticias-svs/19842...

Tribunais -  Outro setor da sociedade rio grandense que anda bem agitado por ocasião da doença é o Judiciário. Proprietários contrariados com o teste da Maleína, os quais não julgam o exame confiável, foram à justiça para evitar que seus animais fossem sacrificados sem a eficaz comprovação.

O Juiz de Direito da Comarca de Cruz Alta, Sérgio Manduca Rosa Lopes, no último dia 12, entendeu que os testes, hoje, exigidos pelo M.A.P.A. para comprovar a existência do Mormo no animal são inconclusivos. Sendo assim, determinou que 10 equinos não sejam sacrificados pela Inspetoria Veterinária do Estado até que apresentem resultados positivos nos exames Western Blotting ou PCR Total técnica considerada mais precisa. A informação foi extraída da página do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul.

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