O Mormo é uma zoonose que afeta mamíferos, inclusive humanos, e, geralmente acomete equídeos (cavalos, mulas, burros, asnos e zebras). É uma doença letal, causada pela bactéria Burkholderia mallei. Os sintomas são caracterizados por secreção e ferimentos nasais que evoluem rapidamente para inflamação, necrose (apodrecimento) e hemorragias na área do nariz. A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia. Na pele, em alguns casos é possível observar feridas, principalmente nos membros posteriores. Animais de boa saúde embora portadores da zoonose, podem não apresentar sinais, mas serem transmissores da doença. Nestes casos podem apresentar claudicações (manqueiras). O animal também pode apresentar fadiga, tosse, febre, apatia e emagrecimento. A doença é um perigo no Brasil e países em que apresentam situações de penúria, pois não tem cura e mata tanto animais como humanos, podendo levar a óbito em até 48 horas.

Fonte: Cartilha “Mormo” – Laboratório Paddock de Análises Clínicas Veterinárias;

segunda-feira, 6 de junho de 2016

O Mormo em 2015 e a epidemia no Rio Grande do Sul – VÍDEO



O Mormo é uma doença que ataca mamíferos.

Os humanos também podem contrair a doença, apesar de não ter notícia de nenhum caso desde o inicio do século XX. Como podemos ver na imagem, em 1912, o Mormo ou Lamparão no ainda matava.  Atualmente, quem sofre são os cavalos e equídeos de uma forma geral.

No Brasil em 2015 foram 263 casos notificados para a Organização Mundial da Saúde Animal, no primeiro semestre espalhados todo território nacional.

O Mormo é uma doença letal, causada pela bactéria Burkholderia Mallei. Os sintomas são caracterizados por secreção e ferimentos nas vias aéreas, que evoluem rapidamente para inflamação, necrose, que é o apodrecimento da pele, acompanhadas de hemorragias. A forma pulmonar se caracteriza por um quadro de pneumonia. Na pele, podem aparecer feridas entre outros sintomas, principalmente na parte posterior do animal causando manqueiras.

Pouco conhecida até 2012, o Mormo é uma zoonose que tem esquentado a cabeça de veterinários brasileiros no trato a equino e equídeos. Em maio de 2012, a Organização Mundial da Saúde Animal recebeu o primeiro informe da doença no Brasil. Segundo o documento, o primeiro foco oficialmente notificado em 2012 teria sido em uma fazenda no Município de Varzelandia em Minas Gerais.

Como consequência, uma vez notificada a doença em território brasileiro, o país é submetido a uma serie de restrições na exportação de animais vivos ou carne para alguns países.

Divulgado pelo próprio MAPA, oficialmente foram 266 casos de Mormo no  Brasil, primeiro semestre de 2015.

Obrigatoriamente o Brasil deve notificar determinadas zoonoses a ORGANIZAÇAO MUNDIAL DA SAUDE ANIMAL, a OIE , dentre elas, o Mormo, segundo o Código Zoossanitário Internacional.

Consultada a base de dados da Organização Mundial da Saúde animal ainda não foi atualizada com as ocorrências da doença do segundo semestre de 2015.

O Mormo no Rio Grande do Sul.

Neste infográfico podemos analisar os casos da doença que atingiu fortemente a Região Sul do país.

Os dois  primeiros casos foram  no município de Rolante em junho de 2015, sendo que um foi sacrificado e o outro morreu em decorrência da doença. Os casos foram notificados a Organização Mundial da Saúde Animal, já disponível na base de dados da organização. O blog Mormo no Brasil também deixou uma cópia do documento na sessão de Referências Bibliográficas.  O segundo caso no Município foi em setembro, o animal foi sacrificado no mesmo mês.

Em Alegrete 01 foco com um equino positivo. Os proprietários afirmam que animal é sadio e obtiveram uma liminar na justiça para manter o animal vivo.

Uruguaiana: um foco. Um equino positivo. Proprietários obtiveram liminar na justiça para evitar sacrifício.

Santo Antonio das Missões: Um foco com cinco equinos positivos. Todos foram sacrificados.
São Jorge: Um foco com um equino positivo.

No Município de Cruz Alta em setembro um animal positivo foi sacrificado. Novamente em novembro foi constatada uma propriedade com oito animais com suspeita da doença. Um animal foi sacrificado. Os proprietários entraram com ação na justiça e obtiveram uma liminar evitando o sacrifício pelas mãos do juiz Sérgio Manduca Rosa Lopes.

Boa Vista Do Cadeado: Um foco com um equino positivo, animal foi sacrificado em setembro.

Nova Ramada: Um foco com um equino positivo animal também foi sacrificado em setembro.

Pelotas: Um foco com um equino positivo, animal é mantido vivo por força de liminar.

Camaquã: Um foco com um equino positivo, animal foi sacrificado.

Três de Maio: Um foco com um equino positivo.Fato recentemente noticiado da égua “Dona Chica”. Proprietário luta na justiça para manter a égua viva. Animal também é mantido vivo por força de liminar.

Porto Alegre: Um foco com um equino positivo, animal morreu em decorrência da doença.

Rio Pardo: Um foco com um animal positivo. Animal sacrificado.

Machadinho: Um foco com um equino positivo, animal também foi sacrificado.

Tupanci do Sul: Um foco com quatro equinos positivos. Animais são mantidos vivos por força de liminar.

Esmeralda: Um foco, com um equino positivo. Liminar foi indeferida e o animal sacrificado.

Cruzeiro do sul: Um foco. Um animal foi sacrificado.

Passa sete: Um foco. Três equinos positivos, todos os animais sacrificados.

Quarai: Um foco com um animal que foi sacrificado.

São Borja: Um foco com u equino positivo. Equino foi sacrificado.

No segundo semestre de 2105 foram constatados 39 casos positivos do Mormo apenas no Estado do Rio Grande do Sul pelo Serviço Veterinário Oficial, lembrando que muitos diagnósticos ainda são contestados por medidas judiciais em andamento.

O Blog Mormo no Brasil tem o único intuito de colaborar e informar dados estáticos e fatos relacionados à ocorrência da zoonose no Brasil do ponto de vista social e político.

A cada semana surgem novos casos de Mormo no Brasil entre equinos e equídeos, o Governo Federal por meio do Ministério da Agricultura (MAPA) abriu uma consulta pública em Maio a Junho de 2016 para estabelecer uma nova Instrução Normativa que definirá o controle, prevenção e tratamento da doença no Brasil.

Atualmente as regras que norteiam o controle, prevenção e tratamento do Mormo no Brasil é a Instrução Normativa n°24/2004.

Fonte: MAPA E SEAPI/RS

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